Inglês como Língua Franca: Implicações para os Aprendizes de Inglês
O inglês é frequentemente referido como a língua franca global, usada por falantes não nativos em todo o mundo como um meio de comunicação intercultural. Esta característica única do inglês tem implicações significativas para os aprendizes de inglês, influenciando as metas de aprendizado, as estratégias de ensino e as noções de proficiência. Este artigo explora a ideia do inglês como uma língua franca (ELF) e discute suas implicações para a aprendizagem e ensino de inglês.
A ideia de inglês como língua franca se refere ao uso do inglês como meio de comunicação entre pessoas de diferentes origens linguísticas e culturais (Jenkins, 2007). Estima-se que a maioria dos falantes de inglês no mundo hoje sejam, na verdade, falantes não nativos, usando o inglês principalmente para se comunicar com outros não nativos (Crystal, 2003). Esta visão contrasta com a noção tradicional de que o inglês é uma língua que deve ser aprendida para se comunicar com falantes nativos e para se integrar à cultura anglófona.
O surgimento do inglês como língua franca tem implicações importantes para os aprendizes de inglês. Primeiramente, sugere uma mudança na meta de aprendizagem: em vez de aspirar a falar como um falante nativo, os aprendizes podem objetivar a competência comunicativa eficaz em situações interculturais (Seidlhofer, 2011). Isso pode aliviar a pressão de alcançar a perfeição nativa, permitindo que os aprendizes se concentrem mais em fazer-se entender e em entender os outros.
Em segundo lugar, o inglês como língua franca implica uma revisão das estratégias de ensino de inglês. Professores podem precisar adotar abordagens pedagógicas que enfatizem a comunicação intercultural e a negociação do significado, em vez de se concentrar exclusivamente nas normas de falantes nativos de inglês (Jenkins, 2012). Além disso, a variação linguística e a diversidade podem ser abraçadas, em vez de serem vistas como desvios do padrão.
Finalmente, o conceito de inglês como língua franca desafia as noções tradicionais de proficiência em inglês. Em vez de ser avaliada em relação aos padrões de falantes nativos, a proficiência pode ser vista em termos de eficácia comunicativa em contextos internacionais. Isso pode levar a formas mais flexíveis e inclusivas de avaliação linguística (Mauranen, 2012).
Em suma, a ideia de inglês como língua franca tem implicações profundas para os aprendizes de inglês, influenciando as metas de aprendizagem, as estratégias de ensino e as noções de proficiência. O reconhecimento dessas implicações pode levar a abordagens de aprendizado e ensino mais eficazes, relevantes e inclusivas para os falantes não nativos de inglês na era global.
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